sexta-feira, 13 de maio de 2011

Nota da CNBB

Alô minha gente, paz e bem!
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) se manifestou no dia 11 de maio sobre a decisão do STF para união homoafetiva.
Abaixo voce pode ler na íntegra a nota da CNBB.
Abraços, Frei Luizinho Marafon


Nota da CNBB sobre decisão do STF
 para união homoafetiva
Nós, Bispos do Brasil em Assembleia Geral, nos dias 4 a 13 de maio, reunidos na casa da nossa Mãe, Nossa Senhora Aparecida, dirigimo-nos a todos os fiéis e pessoas de boa vontade para reafir-mar o princípio da instituição familiar e esclarecer a respeito da uni-ão estável entre pessoas do mesmo sexo. Saudamos todas as fa-mílias do nosso País e as encorajamos a viver fiel e alegremente a sua missão. Tão grande é a importância da família, que toda a soci-edade tem nela a sua base vital. Por isso é possível fazer do mundo uma grande família.
A diferença sexual é originária e não mero produto de uma opção cultural. O matrimônio natural entre o homem e a mulher bem como a família monogâmica constituem um princípio fundamental do Di-reito Natural. As Sagradas Escrituras, por sua vez, revelam que Deus criou o homem e a mulher à sua imagem e semelhança e os destinou a ser uma só carne (cf. Gn 1,27; 2,24). Assim, a família é o âmbito adequado para a plena realização humana, o desenvolvi-mento das diversas gerações e constitui o maior bem das pessoas.
As pessoas que sentem atração sexual exclusiva ou predominante pelo mesmo sexo são merecedoras de respeito e consideração. Repudiamos todo tipo de discriminação e violência que fere sua dignidade de pessoa humana (cf. Catecismo da Igreja Católica, nn. 2357-2358).
As uniões estáveis entre pessoas do mesmo sexo recebem agora em nosso País reconhecimento do Estado. Tais uniões não podem ser equiparadas à família, que se fundamenta no consentimento matrimonial, na complementaridade e na reciprocidade entre um homem e uma mulher, abertos à procriação e educação dos filhos. Equiparar as uniões entre pessoas do mesmo sexo à família desca-racteriza a sua identidade e ameaça a estabilidade da mesma. É um fato real que a família é um recurso humano e social incompa-rável, além de ser também uma grande benfeitora da humanidade. Ela favorece a integração de todas as gerações, dá amparo aos do-entes e idosos, socorre os desempregados e pessoas portadoras de deficiência. Portanto têm o direito de ser valorizada e protegida pelo Estado.
É atribuição do Congresso Nacional propor e votar leis, cabendo ao governo garanti-las. Preocupa-nos ver os poderes constituídos ul-trapassarem os limites de sua competência, como aconteceu com a recente decisão do Supremo Tribunal Federal. Não é a primeira vez que no Brasil acontecem conflitos dessa natureza que comprome-tem a ética na política.
A instituição familiar corresponde ao desígnio de Deus e é tão fun-damental para a pessoa que o Senhor elevou o Matrimônio à digni-dade de Sacramento. Assim, motivados pelo Documento de Apare-cida, propomo-nos a renovar o nosso empenho por uma Pastoral Familiar intensa e vigorosa.
Jesus Cristo Ressuscitado, fonte de Vida e Senhor da história, que nasceu, cresceu e viveu na Sagrada Família de Nazaré, pela inter-cessão da Virgem Maria e de São José, seu esposo, ilumine o povo brasileiro e seus governantes no compromisso pela promoção e de-fesa da família.

Aparecida (SP), 11 de maio de 2011
Dom Geraldo Lyrio Rocha Presidente da CNBB Arcebispo de Mariana – MG
Dom Luiz Soares Vieira Vice Presidente da CNBB Arcebispo de Manaus – AM
Dom Dimas Lara Barbosa Secretário Geral da CNBB Arcebispo nomeado para Campo Grande – MS

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