terça-feira, 20 de dezembro de 2011

DEUS SE FEZ GENTE...


São Francisco e o Presépio em Greccio
Alguns dias antes do Natal de 1223 Francisco chamou seu amigo João Velita e quis preparar um lugar para celebrar o Natal. Queria lembrar o Menino que nasceu em Belém, os apertos que passou e como foi posto num presépio, e ver como ficou em cima da palha entre o boi e burro. João, o amigo, escutou Francisco e preparou tudo como ele havia pedido. Aproximava-se o dia de Natal. De muitos lugares chegavam os irmãos. Homens e mulheres traziam tocha para iluminar a noite. Greccio tornou-se uma Nova Belém. A noite que Francisco fez o primeiro presépio estava linda. O bosque ressoava com vozes que ecoavam nos morros. Os Frades cantavam louvando o Senhor.
Ali ao redor do presépio foi celebrada a missa. Francisco atuou como diácono. Pregou sobre o amor do Menino-Deus para com a humanidade. Todos sentiram uma piedade e alegria natalina jamais experimentada até então.
A partir daquele dia, surgiu a tradição do presépio e o Natal de estilo franciscano: festa da alegria, da simplicidade.
Maria deu à luz ao Menino num lugar frio, rude e muito simples. Essa criança mudou os rumos e os destinos da história, dividindo-a entre um antes e um depois.  O amor sempre encontra lugar nos corações generosos, abertos, disponíveis e simples. É por causa do amor infinito de Deus e o Sim de Maia que hoje nós celebramos o NATAL. E o Natal sempre será celebrado, pois Deus jamais abandonará a humanidade.
Feliz Natal e um Ano Novo cheio de graça e esplendor!
Frei Luizinho Marafon



sexta-feira, 16 de dezembro de 2011



Evangelho (Lucas 1,26-38)

Domingo, 18 de Dezembro de 2011
4º Domingo do Advento

Naquele tempo, 26o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, 27a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi e o nome da Virgem era Maria.
28O anjo entrou onde ela estava e disse: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!”
29Maria ficou perturbada com essas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação.
30O anjo, então, disse-lhe: “Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. 31Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. 32Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. 33Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim”.
34Maria perguntou ao anjo: “Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?”
35O anjo respondeu: “O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus. 36Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era considerada estéril, 37porque para Deus nada é impossível”.
38Maria, então, disse: “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!”
E o anjo retirou-se.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentário

   “Alegra-te cheia de graça! O Senhor esta com você!” Maria é a imagem da Igreja. Encontramos em Maria nosso melhor modelo de espera pelo Salvador. Sua gravidez virginal simboliza nossa preparação para o Natal do Senhor. Mas a espera de Maria ainda ultrapassa a materialidade da gestação que ela realiza. .Maria é também sinal do Israel fiel que vê realizar em si todas as expectativas messiânicas e ainda sinal do povo futuro que aguarda a manifestação última do Senhor.
   Desta forma, o tempo do Advento reúne sua teologia e espiritualidade nesta imagem tão querida e próxima de todos nós. A Mãe do Senhor, por sua maternidade, nos dá, como porta aberta, o salvador do mundo. No Natal, não celebram os apenas o nascimento de Jesus, Deus que se fez humano, mas também nossa humanidade tocada pela divindade de Deus. Tudo isso possibilitado pelo sim de Maria, que é também nosso sim.
   O tempo se cumpriu: com a vinda de Cristo vivemos nos últimos momentos da história da humanidade, vendo realizar a força da semente do Evangelho enraizada no chão da nossa história, da mesma forma que a semente do Verbo se enraizou no seio da Virgem.
A última semana do Advento nos aproxima mais e mais do mistério do Natal. Já celebramos de algum modo a Encarnação do Verbo anunciada pelo anjo e guardada em segredo no ventre da jovem mãe.
   A Igreja também está grávida do Filho de Deus. Em seu seio ela traz o Cristo Palavra e Eucaristia. A Igreja gera agora para a eternidade os novos filhos para Deus, que à semelhança de Jesus buscam cumprir a vontade do Pai, anunciando o Reino e o amor de Deus.
   José e Maria são colaboradores de Deus. Jesus não é apenas um filho da história humana. Ele é o Filho de Deus. Sua mãe é humana, seu pai é divino.
O espírito do Natal nos oferece a oportunidade de dizer como Maria: “Eis-me aqui, Senhor, faça-se em mim segundo a vossa vontade”.

Frei Luizinho Marafon



sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

ADVENTO
O tempo do Advento tem uma duração de quatro semanas. Este ano, começou no domingo 25 de novembro, e se prolonga até à tarde do dia 24 de dezembro, em que começa propriamente o Tempo de Natal. Podemos distinguir dois períodos: no primeiro deles, que se estende desde o primeiro domingo do Advento até o dia 16 de dezembro, aparece com maior relevo o aspecto escatológico e nos é orientado à espera da vinda gloriosa de Cristo. A liturgia nos convida a viver a esperança na vinda do Senhor em todos os seus aspectos: sua vinda ao fim dos tempos, sua vinda agora, cada dia, e sua vinda há dois mil anos.
No segundo período, que abarca desde 17 até 24 de dezembro nos orienta mais diretamente à preparação do Natal. Estamos próximos do cumprimento do que Deus prometera. O Deus da vida esta chegando. Os evangelhos destes dias nos preparam diretamente para o nascimento de Jesus. E quem espera, é porque lhe falta algo. Quando o Senhor se fizer presente no meio do seu povo, haverá chegado a Igreja à sua festa completa, significada pela Solenidade do Natal.
Os Apóstolos e seus sucessores deixaram bem claro que mais importante do que se preocupar com qual dia e qual hora Jesus iria chegar era estar preparados para a chegada. A preparação é que importa, pois é melhor Ele nos encontrar preparados do que nos encontrar desprevenidos. Estar preparados é melhor do que estar preocupados em saber o dia e a hora de sua vinda, deixando de lado os nossos afazeres. É isso que significa permanecer firmes na fé e fortalecer o coração: viver como cristão sabendo que Jesus se aproxima a cada dia.

EVANGELHO (Marcos 1, 1-8)
Domingo, 4 de Dezembro de 2011
2º Domingo do Advento

1Início do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus.
2Está escrito no Livro do profeta Isaías: “Eis que envio meu mensageiro à tua frente, para preparar o teu caminho. 3Esta é a voz daquele que grita no deserto: ‘Preparai o caminho do Senhor, endireitai suas estradas!’”
4Foi assim que João Batista apareceu no deserto, pregando um batismo de conversão para o perdão dos pecados. 5Toda a região da Judeia e todos os moradores de Jerusalém iam ao seu encontro. Confessavam seus pecados e João os batizava no rio Jordão.
6João se vestia com uma pele de camelo e comia gafanhotos e mel do campo. 7E pregava, dizendo: “Depois de mim virá alguém mais forte do que eu. Eu nem sou digno de me abaixar para desamarrar suas sandálias. 8Eu vos batizei com água, mas ele vos batizará com o Espírito Santo”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
Comentário
A conversão é nota predominante da predica de João Batista. Durante a segunda semana, a liturgia nos convida a refletir com a exortação do profeta João Batista: “Preparem o caminho, Jesus chega”. Qual poderia ser a melhor maneira de preparar esse caminho que busca a reconciliação com Deus? Na semana anterior nos reconciliamos com as pessoas que nos rodeiam; como seguinte passo, a Igreja nos convida a acudir ao Sacramento da Reconciliação (Confissão) que nos devolve a amizade com Deus que havíamos perdido pelo pecado. Acenderemos a segunda vela roxa da Coroa do Advento, como sinal do processo de conversão que estamos vivendo. Durante esta semana poderíamos buscar nas diferentes igrejas mais próximas, os horários de confissões disponíveis, para que no Natal, estejamos bem preparados interiormente, unindo-nos a Jesus e aos irmãos na Eucaristia.
Os primeiros cristãos identificaram João como o mensageiro anunciado pelo profeta Isaías e como Elias que, segundo a tradição judaica, anunciava a chegada do Messias. De acordo com essa interpretação, Jesus aparece como o Messias, e João como o precursor.
Há uma diferença entre o batismo de João Batista e o de Jesus: o de João era simplesmente um rito que expressava conversão; o de Jesus era selado pelo Espírito Santo e o fogo, duas imagens que os primeiros cristãos utilizavam pra descobrir a sua incorporação ativa à missão da Igreja.
Para refletir:
O tempo do Advento nos convoca à esperança. Cremos que Deus está presente na vida e na história humana. João Batista nos convoca à conversão. O motivo é preparar o caminho ao Senhor que está para chegar.  Como estamos preparando o caminho para a chegada de Nosso Senhor Jesus Cristo?
Frei Luizinho Marafon

sexta-feira, 25 de novembro de 2011


Domingo, 27 de Novembro de 2011
1º Domingo do Advento

Evangelho  (Mc 13,33-37)
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 33Cuidado! Ficai atentos, porque não sabeis quando chegará o momento. 34É como um homem que, ao partir para o estrangeiro, deixou sua casa sob a responsabilidade de seus empregados, distribuindo a cada um sua tarefa. E mandou o porteiro ficar vigiando.
35Vigiai, portanto, porque não sabeis quando o dono da casa vem: à tarde, à meia-noite, de madrugada ou ao amanhecer. 36Para que não suceda que, vindo de repente, ele vos encontre dormindo.
37O que vos digo, digo a todos: Vigiai!”

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

 O que é o Advento
Advento é o tempo litúrgico que antecede o Natal. São quatro semanas nas quais somos convidados a esperar Jesus que vem. Por isso é um tempo de preparação e de alegre espera do Senhor. Nas duas primeiras semanas do advento, a liturgia nos convida a vigiar e esperar a vinda gloriosa do Salvador.  Nas duas últimas, lembrando a espera dos profetas e de Maria,  nos preparamos mais especialmente para celebrar o nascimento de Jesus em Belém.
O Advento é um tempo de alegre esperança da chegada do Senhor. Jesus vem e isso é motivo de muita alegria. Na verdade, Jesus já veio e virá uma segunda vez. Esse é o ensinamento da Igreja. Mas nosso encontro com Jesus que vem, acontece todos os dias. Jesus vem até nós na pessoa dos nossos irmãos e irmãs, de um modo especial os mais sofredores. Ou mesmo em tantas formas de presença onde o Cristo ressuscitado vem até nós, na oração, na celebração litúrgica ou quando nos reunimos em sue nome. Nosso encontro definitivo com Jesus se dará quando morrermos e participarmos com ele de sua glória, no seio da Santíssima Trindade. Por isso, nós cristãos somos convidados a viver num constante advento, antecipando, na nossa frágil e muitas vezes debitada história, esse encontro definitivo.
O Advento é o primeiro tempo do ano litúrgico. Divide-se em duas partes: Advento escatológico e histórico. A primeira parte nos faz abrir os olhos e o coração para a segunda vinda do Senhor. A segunda parte nos prepara para a festa do Natal.
Outro momento importante do tempo do Advento é a novena do Natal. Nos nove dias que antecedem as festas natalinas, nos preparamos com a oração e com a escuta da Palavra de Deus para bem celebrarmos o mistério da Encarnação do Verbo.       
Mas a espera pela vinda do Senhor não se celebra apenas no Advento. A eucaristia é o sacramento da espera. Em qualquer tempo Ele vem... Sim, o Senhor veio, o Senhor vem, o Senhor virá!

Para refletir
Como nos preparar para a chegada do Menino Jesus?

Frei Luizinho Marafon

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Evangelho (Mateus 25, 31-46)
Domingo, 20 de Novembro de 2011
Jesus Cristo, Rei do Universo
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 31“Quando o Filho do Homem vier em sua glória, acompanhado de todos os anjos, então se assentará em seu trono glorioso. 32Todos os povos da terra serão reunidos diante dele, e ele separará uns dos outros, assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. 33E colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda.
34Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Vinde, benditos de meu Pai! Recebei como herança o Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo! 35Pois eu estava com fome e me destes de comer; eu estava com sede e me destes de beber; eu era estrangeiro e me recebestes em casa; 36eu estava nu e me vestistes; eu estava doente e cuidastes de mim; eu estava na prisão e fostes me visitar’. 37Então os justos lhe perguntarão: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Com sede e te demos de beber? 38Quando foi que te vimos como estrangeiro e te recebemos em casa, e sem roupa e te vestimos? 39Quando foi que te vimos doente ou preso e fomos te visitar?’ 40Então o Rei lhes responderá: ‘Em verdade eu vos digo que todas as vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes!’
41Depois o Rei dirá aos que estiverem à sua esquerda: ‘Afastai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno, preparado para o diabo e para os seus anjos. 42Pois eu estava com fome e não me destes de comer; eu estava com sede e não me destes de beber; 43eu era estrangeiro e não me recebestes em casa; eu estava nu e não me vestistes; eu estava doente e na prisão e não me fostes visitar’. 44E responderão também eles: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome, ou com sede, como estrangeiro, ou nu, doente ou preso, e não te servimos?’ 45Então o Rei lhes responderá: ‘Em verdade eu vos digo: todas as vezes que não fizestes isso a um desses pequeninos, foi a mim que não o fizestes!’ 46Portanto, estes irão para o castigo eterno, enquanto os justos irão para a vida eterna”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

COMENTÁRIO

Neste domingo, 20 de novembro a Igreja celebra a festa de Cristo Rei do universo. Hoje encerramos o ano litúrgico, logo iniciamos o Advento.
O Evangelho nos mostra um Rei juiz. Entender o reino de Cristo é entender a expressão máxima do Amor. Seu Reino é de vitória definitiva do Amor. A realeza de Cristo é a nossa realeza. E sua realeza manifesta-se definitivamente em sua Ressurreição e Ascensão. Cristo é Rei e nos somos reis e rainhas com Ele. Como Ele venceremos as trevas deste mundo. Mas é preciso cada um fazer a sua parte. Ele mesmo disse: "Vinde benditos de meu Pai… Recebei o Reino  que meu Pai vos preparou..." "Afastai-vos de mim, malditos, ide para o fogo eterno..."

Essa cena não é uma descrição fotográfica do juízo final. É uma Catequese que nos revela que o amor aos irmãos é uma condição essencial para fazer parte do Reino. Cristo protege os necessitados e se identifica com eles.

O Reino de Deus
É uma semente que Jesus semeou, que os discípulos são chamados a edificar na história através do amor e que terá o seu tempo definitivo, no mundo que há de vir. No entanto, esse Reino já está no meio de nós. E Jesus nos convida a fazer parte dele e a trabalhar para que esse Reino chegue ao coração de todos os homens…

Jesus aceitou ser Rei diante de Pilatos: “Sim sou Rei... e para isso vim ao mundo. É na Cruz que Jesus aceita o reinado. Ele serve a todos, aceita morrer para salvar a humanidade. Seu Reinado é de serviço.
Ele perdoa o Bom Ladrão, que reconhece a sua realeza e pede a salvação. Jesus lhe garante: “Ainda hoje estarás comigo no paraíso”.

Dio do leigo
É Vocação de todo cristão é viver o Batismo no meio do mundo, trabalhando para a transformação de uma sociedade mais justa e fraterna, anúncio do Reino definitivo.

Para refletir:
Estamos conscientes de sermos cidadãos desse Reino?
Ele reina de fato, em nosso coração?
Trabalhamos para que esse reino chegue ao coração de todos os homens?

Paz e bem!
Frei Luizinho Marafon







sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Evangelho (Mateus 25,14-30 )
33o. Domingo do tempo comum (13/11/2011)
25 14 Jesus contou esta parábola: será também como um homem que, tendo de viajar, reuniu seus servos e lhes confiou seus bens.
15 A um deu cinco talentos; a outro, dois; e a outro, um, segundo a capacidade de cada um. Depois partiu.
16 Logo em seguida, o que recebeu cinco talentos negociou com eles; fê-los produzir, e ganhou outros cinco.
17 Do mesmo modo, o que recebeu dois, ganhou outros dois.
18 Mas, o que recebeu apenas um, foi cavar a terra e escondeu o dinheiro de seu senhor.
19 Muito tempo depois, o senhor daqueles servos voltou e pediu-lhes contas.
20 O que recebeu cinco talentos, aproximou-se e apresentou outros cinco: "Senhor, disse-lhe, confiaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco que ganhei".´
21 Disse-lhe seu senhor: "Muito bem, servo bom e fiel; já que foste fiel no pouco, eu te confiarei muito. Vem regozijar-te com teu senhor".
22 O que recebeu dois talentos, adiantou-se também e disse: "Senhor, confiaste-me dois talentos; eis aqui os dois outros que lucrei".
23 Disse-lhe seu senhor: "Muito bem, servo bom e fiel; já que foste fiel no pouco, eu te confiarei muito. Vem regozijar-te com teu senhor".
24 Veio, por fim, o que recebeu só um talento: "Senhor, disse-lhe, sabia que és um homem duro, que colhes onde não semeaste e recolhes onde não espalhaste.
25 Por isso, tive medo e fui esconder teu talento na terra. Eis aqui, toma o que te pertence".
26 Respondeu-lhe seu senhor: "Servo mau e preguiçoso! Sabias que colho onde não semeei e que recolho onde não espalhei.
27 Devias, pois, levar meu dinheiro ao banco e, à minha volta, eu receberia com os juros o que é meu.
28 Tirai-lhe este talento e dai-o ao que tem dez.
29 Dar-se-á ao que tem e terá em abundância. Mas ao que não tem, tirar-se-á mesmo aquilo que julga ter.
30 E a esse servo inútil, jogai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes".
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
Para entender a parabola dos talentos é preciso recuperar o cenário da história relatada.
Esta parábola, tendo provavelmente em sua origem algum dito de Jesus, parece ter sofrido acréscimos e adaptações quando veiculada entre as primeiras comunidades. As imagens da parábola são extraídas de uma sociedade oportunista consagrada ao mercado em busca do lucro. Na parábola, o senhor ambicioso, ao viajar, determina a seus três servos que façam render seu dinheiro. Os dois servos mais "fieis" fizeram o dinheiro render cem por cento. Contudo um servo mais tímido, temeroso da severidade do patrão, não querendo correr risco, escondeu o dinheiro que recebeu e devolveu-o tal qual. O senhor , afirmando-se como sendo aquele que "colhe onde não plantou e ajunta onde não semeou", qualifica o servo tímido de mau e preguiçoso.
Os dois servos fieis e eficientes foram exaltados e o servo tímido foi lançado fora. A sentença final, "a quem tem será dado mais... daquele que não tem será tirado", é típica da sociedade excludente e concentradora de riquezas. A parábola tem um certo aspecto de caricatura irônica da sociedade. Suas imagens são pouco condizentes com a revelação de Jesus de Nazaré, manso e humilde de coração, que vem trazer vida para todos, sem exclusões. O Reino de Deus é o reino dos pobres, mansos, pacíficos e misericordiosos, com fome e sede de justiça e partilha.
Finalmente, a parábola tem sido entendida como uma advertência aos discípulos afim de que façam frutificar seus dons pessoais, a serviço da comunidade e da sociedade. Não podemos nos deixar vencer pela comodiade e pela rotina. Hoje somos nós os discípulos.
 
Para refletir
Estamos usando bem os nossos talentos?
Ajudamos os outros a desenvolver os seus talentos (carismas e dons)?
Um grande abraço.
Paz e bem
Frei Luizinho Marafon

sexta-feira, 4 de novembro de 2011


Evangelho de Mateus (5,1-12)

Domingo, 6 de Novembro de 2011
Solenidade de todos os Santos

Naquele tempo, 1vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, 2e Jesus começou a ensiná-los:
3“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.
4Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados.
5Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra.
6Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
7Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
8Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
9Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.
10Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus!
11Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim. 12aAlegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentário
No Evangelho Cristo nos aponta o "caminho" da Santidade, com as Bem-aventuranças (Mt 5,1-12a) : - Os que têm um coração de pobre: despidos da vaidade e ambição... - Os que choram: são sensíveis à dor dos irmãos... - Os mansos...  Os que têm fome e sede de justiça... - Os misericordiosos... Os construtores da paz... - Os que têm um coração puro...  Os que são perseguidos por causa da justiça e dos valores do Reino.
Quem são os santos?
No mundo os santos são inumeráveis. Mundo de portas abertas, que cresce sem parar,   porque cada dia que passa vê chegar novos eleitos. É um mundo feito de gente como nós, que, nas limitações humanas, lutaram e venceram, viveram o evangelho de Jesus, e serviram os irmãos nesta terra e continuam a servir por sua intercessão no céu.
Por isso somos convidados participar deste mundo desde agora.
- No princípio, a Bíblia reservou esse nome só a Deus: "Só Deus é santo".
- Jesus Crsito irradia a Santidade de Deus e   transmite a Santidade à Igreja, por meio dos Sacramentos...- Na Igreja primitiva: Santos são os que participam da Santidade de Deus...   Por isso, santos eram todos os cristãos...

Santos hoje
   Hoje, a Igreja nos diz que todos os homens têm uma vocação à santidade:
  "Os cristãos de qualquer condição e estado são chamados pelo Senhor,
    cada um por seu caminho, à perfeição da santidade pela qual é perfeito
    o próprio Pai. Todos os cristãos são chamados à plenitude da vida
    cristã e à perfeição da caridade.” (Concílio Vat. II)

Portanto, SANTOS não são apenas pessoas privilegiadas já mortas, que viveram no passado longe do mundo... - Santos não são apenas os que foram declarados santos pela Igreja e
são honrados hoje em nossos altares...
- Santos são também muitos "desconhecidos", que viveram o ideal da santidade e muitas pessoas de hoje que andam no "caminho" de Deus...
- Santos... podemos e devemos ser também nós...

Construímos nossa santidade no dia a dia. Aqui na terra não é nossa morada definitiva. Viemos de Deus, caminhamos com Ele aqui neste mundo e voltamos para Deus... Somos como uma flecha direcionada para Deus...

PARA REFLETIR:

Para você, o que é santidade?
Vivendo as Bem -aventuranças dá para ser santo?

Abraços, paz e bem!

Frei Luizinho Marafon

terça-feira, 1 de novembro de 2011

2 de novembro dia de finados

Como sacerdote amanhã estarei celebrando na inteção de todos os falecidos. Que o Senhor lhes dê um lugar no paraíso.
Muito legal a história do dia de finados. O texto que trago é do padre Arnaldo Beltrami. Um abraço a todos, paz e bem.
Frei Luizinho Marafon

HISTÓRIA DO DIA DE FINADOS
O Dia de Finados é o dia da celebração da vida eterna das pessoas queridas que já faleceram. É o Dia do Amor, porque amar é sentir que o outro não morrerá nunca.
É celebrar essa vida eterna que não vai terminar nunca. Pois, a vida cristã é viver em comunhão íntima com Deus, agora e para sempre.
Desde o século 1º, os cristãos rezam pelos falecidos; costumavam visitar os túmulos dos mártires nas catacumbas para rezar pelos que morreram sem martírio. No século 4º, já encontramos a Memória dos Mortos na celebração da missa. Desde o século 5º, a Igreja dedica um dia por ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém se lembrava.

Desde o século XI, os Papas Silvestre II (1009), João XVIII (1009) e Leão IX (1015) obrigam a comunidade a dedicar um dia por ano aos mortos.
Desde o século XIII, esse dia anual por todos os mortos é comemorado no dia 2 de novembro, porque no dia 1º de novembro é a festa de "Todos os Santos".
O Dia de Todos os Santos celebra todos os que morreram em estado de graça e não foram canonizados. O Dia de Todos os Mortos celebra todos os que morreram e não são lembrados na oração.
Mons. Arnaldo Beltrami – vigário episcopal de comunicação
Fonte: http://www.arquidiocese-sp.org.br

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Domingo, 30 de Outubro de 2011
31º. Domingo do Tempo Comum.

 Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus (23,1-12)

Naquele tempo, 1Jesus falou às multidões e a seus discípulos: 2“Os mestres da Lei e os fariseus têm autoridade para interpretar a Lei de Moisés. 3Por isso, deveis fazer e observar tudo o que eles dizem. Mas não imiteis suas ações! Pois eles falam e não praticam. 4Amarram pesados fardos e os colocam nos ombros dos outros, mas eles mesmos não estão dispostos a movê-los nem sequer com um dedo. 5Fazem todas as suas ações só para serem vistos pelos outros. Eles usam faixas largas, com trechos da Escritura, na testa e nos braços, e põem na roupa longas franjas. 6Gostam de lugar de honra nos banquetes e dos primeiros lugares nas sinagogas. 7Gostam de ser cumprimentados nas praças públicas e de ser chamados de Mestre. 8Quanto a vós, nunca vos deixeis chamar de Mestre, pois um só é o vosso Mestre, e todos vós sois irmãos. 9Na terra, não chameis a ninguém de pai, pois um só é o vosso Pai, aquele que está nos céus. 10Não deixeis que vos chamem de guias, pois um só é o vosso Guia, Cristo. 11Pelo contrário, o maior dentre vós deve ser aquele que vos serve. 12Quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentário

Este capítulo do Evangelho de Mateus é bem violento. Há duas exortações no relato: a primeira tem como destinatários as multidões e seus discípulos; a segunda realça a diferença da atuação dos fariseus e o que deve caracterizar a comunidade cristã.
Jesus afirma que os fariseus, são incoerente, dizem e não fazem “sentam na mesa de Moisés”, carregam os homens com fardos pesados e insuportáveis. Fazem da fé e da piedade um espetáculo de exibição.
Neste Evangelho Jesus mostra a estima que tem pelos humildes e sua repulsa pelos orgulhosos. Deixa claro que falta aos fariseus é viver os ensinamentos, eles não tem a prática da humildade e da caridade.
Para Jesus o importante não são os títulos de honra, mas a fraternidade (todos vós sois irmãos), que nascem do fato de ter um Pai comum (um só é o vosso Pai), e de seguir Jesus (porque um só é vosso guia).

Para refletir

Quem seriam os fariseus de hoje?
Vivo o que eu prego?
Quem é o meu Mestre?

Paz e bem!

Frei Luizinho Marafon

sábado, 15 de outubro de 2011

Parabéns professores... Vocês são muito especiais...
Professor é uma pessoa que ensina uma ciência, uma arte ou outro conhecimento. Para o exercício dessa profissão, requer-se qualificações acadêmicas  e pedagógicas, para que consiga transmitir/ensinar a matéria de estudo da melhor forma possível ao aluno.
É uma das profissões mais antigas e mais importantes, tendo em vista que as demais, na sua maioria, dependem dela. Já Platão, na sua obra A República,  alertava para a importância do papel do professor na formação do cidadão. e nós concordamos com esse princípio...
O Dia Mundial dos Professores celebra-se em 5 de Outubro.
No Brasil, o Dia do Professor é dez dias depois, em 15 de Outubro.
Queridos professores, parabéns...
Ensinar não é só transmitir conhecimentos. Ensinar é formar a pessoa em todos os sentidos. Formar é bem mais difícil do que ensinar. Formar é ser exemplo, testemunho é gerar vida.
Professores, obrigado:
Pela dedicação, empenho, compromisso, sinceridade, afeto, carinho e amor semeado no coração de cada pessoa.
Pela generosidade e compreensão. Pela alegria de servir e pela presença em nossas vidas.
Que o Espírito Santo ilumine sempre a inteligencia e o coração dos professores para continuar formando cidaddãos e partilhando os dons recebidos do Pai.
Que o Senhor vos abençoe e guarde sempre e lhes dê a paz.
Obrigado pela dedicação e perdoem nossos limites.
Parabéns.....
Frei Luizinho Marafon

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Evangelho (Mateus 22,15-21)

Domingo, 16 de Outubro de 2011
29º Domingo do Tempo Comum

Evangelho Mt 22,15-21
Naquele tempo, 15os fariseus fizeram um plano para apanhar Jesus em alguma palavra.
16Então mandaram os seus discípulos, junto com alguns do partido de Herodes, para dizerem a Jesus: “Mestre, sabemos que és verdadeiro e que, de fato, ensinas o caminho de Deus. Não te deixas influenciar pela opinião dos outros, pois não julgas um homem pelas aparências. 17Dize-nos, pois, o que pensas: É lícito ou não pagar imposto a César?”
18Jesus percebeu a maldade deles e disse: “Hipócritas! Por que me preparais uma armadilha? 19Mostrai-me a moeda do imposto!” Levaram-lhe então a moeda.
20E Jesus disse: “De quem é a figura e a inscrição desta moeda?” 21Eles responderam: “De César”. Jesus então lhes disse: “Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”.
Palavra da Salvação.

Comentário
O pagamento dos tributos ao imperador, ná época de Jeus, era uma questão muito discutida, pois era o sinal mais evidente da dominação romana. Não havia um consenso. Os grupos revolucionários da consideravam um abuso os impostos e os partidários de Herodes defendiam os impostos.
Discípulos dos fariseus e herodianos, favoráveis ao poder romano, fazem
uma pergunta capciosa: "É permitido ou não pagar tributo a César?"

- Se dissesse sim: apareceria como colaborador da dominação romana.
  Se dissesse não: seria denunciado às autoridades romanas como subversivo.
- Jesus percebe a armadilha. Pede uma moeda e pergunta:
  "De quem é essa imagem? "Dai pois a César o que é de César..."
   e acrescenta: "...e a Deus o que é de Deus"
Jesus não se complica e a respota dela é maior do que eles imaginam. O que Jesus faz é situar o homem perante Deus como o seu único Senhor. Jesus diz em outras palavras, deixem ao imperador que é a Deus que o homem deve submeter-se, Ele é o Senhor absulouto e único.

 Jesus não nega o pagamento do tributo imperial.
O amor a Deus não tira as obrigações para com a nação.
Mas questiona a pretensão de César de se nivelar a Deus e
exigir dos súbditos culto só devido a Deus.
A resposta reduzia César às suas devidas dimensões.


Conclusão - "Dar a César..." (a imagem de César) Temos que pagr impostos. E não Basil são muitos...
O Cristão tem obrigações com a Sociedade em que vive.
Nenhum país funciona se a população não der a César o que é de César...
O cristão deve ser um bom cidadão.
É uma obrigação moral, além de civil, contribuir para o bem comum
com o pagamento de impostos justos.

- "Dar a Deus" Nem precisa dar a Deus... Nós somos de Deus. Viemos Dele e Nele caminhamos.
Nós somos o "seu Povo", que não pode ser vendido a nenhum César.
Se tiramos de Deus o que lhe pertence, devemos "devolver".
Só Deus é o "Senhor" de nossa vida...

Para reflextir
Como eu vivo a frase: Dai a Cesar o que é de César e a Deus o que é de Deus?
Numa sociedade marcada pela corrupção eu sou fiel a Deus e à doutrina de Cristo?
Abraços - Paz e bem!
Frei Luizinho Marafon

sábado, 8 de outubro de 2011

Evanagelho de Mateus 22,1-14

Domingo, 9 de Outubro de 2011
28º Domingo do Tempo Comum
Evangelho (Mateus 22,1-14
Naquele tempo, 1Jesus voltou a falar em parábolas aos sumos sacerdotes e aos anciãos do povo, dizendo: 2“O Reino dos Céus é como a história do rei que preparou a festa de casamento do seu filho.
3E mandou os seus empregados para chamar os convidados para a festa, mas estes não quiseram ir.
4O rei mandou outros empregados, dizendo: ‘Dizei aos convidados: já preparei o banquete, os bois e os animais cevados já foram abatidos e tudo está pronto. Vinde para a festa!’
5Mas os convidados não deram a menor atenção: um foi para o seu campo, outro para os seus negócios, 6outros agarraram os empregados, bateram neles e os mataram.
7O rei ficou indignado e mandou suas tropas para matar aqueles assassinos e incendiar a cidade deles.
8Em seguida, o rei disse aos empregados: ‘A festa de casamento está pronta, mas os convidados não foram dignos dela. 9Portanto, ide até às encruzilhadas dos caminhos e convidai para a festa todos os que encontrardes’.
10Então os empregados saíram pelos caminhos e reuniram todos os que encontraram, maus e bons. E a sala da festa ficou cheia de convidados.
11Quando o rei entrou para ver os convidados, observou aí um homem que não estava usando traje de festa 12e perguntou-lhe: ‘Amigo, como entraste aqui sem o traje de festa?’ Mas o homem nada respondeu.
13Então o rei disse aos que serviam: ‘Amarrai os pés e as mãos desse homem e jogai-o fora, na escuridão! Aí haverá choro e ranger de dentes’.
14Porque muitos são chamados, e poucos são escolhidos”.
Palavra da Salvação.
Comentário
Jesus é o filho amado do Pai. E o Pai, o grande Rei, é quem organiza o banquete para o casamento do Filho (Jesus). A noiva é a humanidade, isto é, a Igreja. Jesus ama a humanidade e por ela dá a vida. Apesar das nossas fraquezas e deslizes, injustiças e invejas, Jesus nos ama sempre.
Ele cuida da sua vinha, Quais são os frutos que se esperam da vinha cuidada com tanto carinho? O Senhor espera dela o direito e a justiça. O Senhor é fiel à Aliança de amor que fez com seu povo.
Na Bíblia a opressão contra o mais pobre é considerada opressão e homicídio. Os vinhateiros são homicidas não só porque matam os enviados, inclusive o Filho, mas também porque despojam o pobre, violam o direito, não dão os frutos da justiça que pede o Senhor. Por ser assim o Reino de Deus vais ser entregue a outras pessoas.
Ser cristão é dar testemunho de amor e fidelidade na realização do projeto do Senhor. Ser cristão é dar a vida. Essa parábola é um convite a abrirmos nosso coração e as portas das nossas comunidades para todas as pessoas, especialmente aos mais necessitados.
A Igreja continua convidando... 
A grande função da Igreja é chamar para essa festa. A mesa do banquete está preparada e os convidados somos todos nós, mas quantos continuam não tendo tempo... Não basta pertencer materialmente a Cristo e à Igreja, mas, no fundo do coração, não ser de Cristo, nem para Cristo.Ser convidado ao banquete não é somente vir à igreja, acompanhar procissões e receber os sacramentos. Isto é importante, mas deve nos levar a melhorar o mundo, trabalhando pela libertação evangélica dos irmãos em todos os lugares onde a vida está sendo ameaçada.

 Qual a nossa resposta?
   Estou no primeiro, ou no segundo grupo? - dos primeiros que encontram motivos, desculpas, talvez até importantes,   mas que impedem de participar do Banquete divino?
  Dos que estão tão imersos nos afazeres terrenos,   que julgam tempo perdido pensar em Deus e na vida eterna...- ou do segundo grupo, dos humildes, encontrados nas encruzilhadas...  mas que acolhem com alegria o convite do Senhor e   provam a alegria profunda da festa preparada pelo Senhor? A mesa do banquete está preparada. e o convidado é também você... A decisão é sua... São muitos os convidados, quase ninguém tem tempo...

Para refletir
Será que eu sou uma pessoa preconceituosa?
Trato bem a todos ou somente os que me parecem simpáticos?
Abraços...
Paz e bem!
Frei Luizinho Marafon



segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Francisco de Assis
Olá, minha gente, paz e bem!
No dia 4 de outrubro celebramos o dia de Francisco de Assis.
Ele já fez sua parte. Agora somos nós que devemos fazer a nossa.

Nascido em 1181, na cidade de Assis, Itália, recebeu de sua mãe o nome de João. Seu pai Pedro de Bernardone, próspero comerciante de tecidos,  quando retornou de uma de suas freqüentes viagens ao sul da França, trocou o nome do menino para FRANCISCO, talvez em homenagem à região que lhe proporcionava tanta riqueza (O nome Francisco vem da palavra França).
 INFÂNCIA E JUVENTUDE
FRANCISCO cresceu sob o olhar amoroso e complacente de seus pais que lhe permitiam levar uma vida descontraída com os amigos e, raramente, repreendiam-no, apesar de suas muitas extravagâncias.
NA ADOLESCÊNCIA, foi iniciado do pelo pai no oficio de mercador. Sua VIVACIDADE e INTELIGÊNCIA fizeram-no aprender rapidamente os segredos do comércio, enchendo Pedro Bernardone de um orgulho ainda maior.
Como não lhe faltava dinheiro no bolso e alegria na alma, foi aclamado rei da juventude e, junto com os amigos, promovia festas, banquetes, serenatas e jogos.
Aos vinte anos alistou-se no exército de sua cidade dando vazão aos seus sonhos de glória e de fama. Ansiava atingir o “status” de cavaleiro e os títulos da nobreza.
Ao contrário, encontrou a derrota,a  prisão, e a doença.
DEUS iniciava, assim, a sua investida.
A GUERRA
Uma vez recuperado, FRANCISCO insistiu em ir à guerra.
Uma febre novamente a bateu.
DEUS, então, aparece-lhe em sonho mudando-lhe os planos.
Retornando a Assis, visivelmente mudado, FRANCISCO buscou discernir a VONTADE DE DEUS na oração e, para isso, procurava os lugares ermos, longe dos humanos.
Num desses encontros com o Senhor, o jovem orante recebe a MISSÃO DE RESTAURAR A IGREJA DE JESUS CRISTO que ameaçava ruir.
Pensando que se tratava da construção de pedra, FRANCISCO iniciou a restauração de várias capelinhas em redor de Assis.
A MISSÃO
Mais tarde descobriu o VERDADEIRO SENTIDO da MISSÃO QUE O SENHOR LHE CONFIARA.
Passando a CONVIVER COM OS POBRES, sobretudo com os LEPROSOS, FRANCISCO descobriu a FACE DO CRISTO POBRE E CRUCIFICADO, à qual quis sempre mais se assemelhar.
Sua repentina mudança acendeu a ira de seu pai que, violentamente, o arrastou diante do bispo de Assis, autoridade máxima da cidade.
Surpreendendo a todos, FRANCISCO  despojou – se de suas roupas e devolveu – as ao pai num gesto de renúncia das coisas que de direito possuía.
Desde aquele dia, VIVEU POBREMENTE IMITANDO OS PASSOS E A VIDA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO.
OS SEGUIDORES
A ele vieram se somar muitos outros jovens, inclusive mulheres.
FRANCISCO foi fundador de TRÊS GRUPOS RELIGIOSOS:
Os IRMÃOS MENORES, hoje conhecidos com FRANCISCANOS;
As DAMAS POBRES, hoje conhecidas como CLARISSAS;
Os IRMÃOS PENITENTES, hoje conhecidos como FRANCISCANOS SECULARES.
SÃO FRANCISCO morreu em 1226, na igrejinha da PORCIÚNCULA, cercado dos seus irmãos mais diletos.
RECEBEU A IRMÃ MORTE sem que perdesse a JOVIALIDADE.
PARTIU CANTANDO PARA, CANTANDO, ENCONTRAR -SE COM O PAI.
Paz e bem!
Frei Luizinho Marafon

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A PARÁBOLA DA VINHA


Evangelho Mt 21,33-43  

Naquele tempo disse Jesus aos sacerdotes e aos anciãos do povo:33 “Escutai esta outra parábola: Certo proprietário plantou uma vinha, pôs uma cerca em volta, cavou nela um lagar para pisar as uvas e construiu uma torre de guarda. Ele a alugou a uns agricultores e viajou para o estrangeiro. 34 Quando chegou o tempo da colheita, ele mandou os seus servos aos agricultores para receber seus frutos. 35 Os agricultores, porém, agarraram os servos, espancaram a um, mataram a outro, e a outro apedrejaram. 36 Ele ainda mandou outros ser-vos, em maior número que os primeiros. Mas eles os trataram do mesmo modo. 37 Por fim, enviou-lhes o próprio filho, pensando: ‘A meu filho respeitarão’. 38 Os agricultores, porém, ao verem o filho, disseram entre si: ‘Este é o herdeiro. Vamos matá-lo e tomemos posse de sua herança!’ 39 Então agarraram-no, lançaram-no fora da vinha e o mataram. 40 Pois bem, quando o
dono da vinha voltar, que fará com esses agricultores?” 41 Eles responderam: “Dará triste fim a esses criminosos e arrendará a vinha a outros agricultores, que lhe entregarão os frutos no tempo certo”. 42 Então, Jesus lhes disse: “Nunca lestes nas Escrituras: ‘A pedra que os construtores rejeitaram, esta é que se tornou a pedra angular. Isto foi feito pelo Senhor, e é admirável aos nossos olhos’? 43 Por isso vos digo: o Reino de Deus vos será tirado e entregue a um povo que produza frutos.
Palavra da Salvação.

VIGÉSIMO SÉTIMO DOMINGO COMUM (02.10.11)

Comentário
“O Reino de Deus será entregue a uma nação que produzirá seus frutos”
A parábola de hoje é a segunda em uma série de três, referentes ao julgamento final de Deus sobre o seu povo (antes houve a parábola dos dois irmãos e virá ainda a da festa de casamento). Com certeza, a redação atual é resultado de uma longa história de transmissão oral e redação. Na boca de Jesus, a história visava a sorte da vinha (v. 41); a tradição pré-sinótica concentrou a atenção na sorte do Filho, acrescentando a citação de Sl 118 e as alusões às Escrituras (vv. 42-44); finalmente, Mateus deixa claro que o advento do novo povo (v. 41) está ligado ao destino d’Aquele que fala e que deve ser condenado e morto, para depois ressuscitar (cf. notas da Bíblia TEB).
Na sua forma atual, a parábola é uma alegoria da História da Salvação. “Os mensageiros” são os profetas, que foram matados pelo povo de Israel, culminando com Jesus, como o Filho. “O Reino” provavelmente se refere à promessa da bênção em plenitude, dos últimos tempos. “O Povo” se refere à Igreja - no caso de Mateus composta principalmente de judeu-cristãos, mas também de pagãos ou gentios convertidos, que juntos formam o Novo Povo de Deus, o verdadeiro Israel. Essa conclusão de v. 43 é a principal contribuição de Mateus à interpretação da parábola, e é mais suave do que a própria parábola, pois os maus vinhateiros não serão destruídos, mas perderão a promessa.
Como o Evangelho de Mateus foi escrito em um contexto de polêmica entre a sua comunidade e o judaísmo formativo do fim do primeiro século, queria ensinar para a sua comunidade que a promessa antiga feita ao Povo de Deus foi retirada das autoridades farisaicas e das suas comunidades e dada à comunidade da Igreja. Mas, isso não dava às comunidades motivo para comodismo. Como o povo original perdeu a promessa porque “não deu fruto”, também a Igreja não a possui de modo incondicional. Também as comunidades cristãs têm que “dar fruto” de justiça, fraternidade, solidariedade, e partilha. A História da Salvação nos mostra que Deus não se deixa manipular, nem permite que qualquer comunidade ou religião se torne “dona” d’Ele, mas que o seu verdadeiro povo é aquele que se dedica à construção dos valores do Reino de Deus. O texto convida a um sério exame e revisão das nossas práticas e estruturas, para que as nossas Igrejas cristãs não cheguem a merecer o destino dos vinhateiros, que, por não terem correspondido com a Aliança, viram a promessa retirada deles e dada a um outro povo “que produzirá os seus frutos” (v. 43).
Para refletir
 Como recebemos a proposta de Deus? Acolhemos a todos os irmãos? Retribuímos o bem com o bem?
Abraços.
Frei Luizinho Marafon

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Evangelho Mt 21,28-32
Domingo, 25 de Setembro de 2011
26º Domingo do Tempo Comum
Naquele tempo, Jesus disse aos sacerdotes e anciãos do povo:
28“Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, ele disse: ‘Filho, vai trabalhar hoje na vinha!’ 29O filho respondeu: ‘Não quero’. Mas depois mudou de opinião e foi.
30O pai dirigiu-se ao outro filho e disse a mesma coisa. Este respondeu: ‘Sim, senhor, eu vou’. Mas não foi.
31Qual dos dois fez a vontade do Pai?”
Os sumos sacerdotes e os anciãos do povo responderam: “O primeiro”.
Então Jesus lhes disse: “Em verdade eu vos digo que os cobradores de impostos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus. 32Porque João veio até vós, num caminho de justiça, e vós não acreditastes nele. Ao contrário, os cobradores de impostos e as prostitutas creram nele. Vós, porém, mesmo vendo isso, não vos arrependestes para crer nele”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentário

Hoje podemos começar a reflexão nos perguntando: Qual dos dois filhos somos, o primeiro ou o segundo? Será que somos fiéis a Deus e aos compromissos que assumimos?
Na parábola o pai dá a mesma ordem aos dois filhos. A reação deles é diferente. O primeiro faz uma recusa formal, mas depois modifica sua atitude, reconsidera sua decisão e obedece ao pai. O outro filho, adere inicialmente a vontade do pai, mas depois não cumpre o que promete. Nós somos convidados hoje a mostrar quem somos diante de Jesus e das pessoas. Sem assumir nosso compromisso não teremos parte com Ele no banquete do Reino.
Esta parábola é questionadora. Antes de fazer sua comparação Jesus pede a opinião dos ouvintes. Eles mesmos vão decidir. O que está em jogo é muito importante na vida de quem tem fé: fazer a vontade de Deus.
Os sumos sacerdotes e os anciãos do povo respondem a Jesus que é o filho que disse “não”, que cumpriu a vontade do pai.
Jesus completa dizendo que os cobradores de impostos e as prostitutas vão preceder no Reino de Deus os chefes que não acreditaram na pregação de João Batista e no caminho de justiça que ele ensinou.  Parece clara a parábola de que as palavras nada valem: é preciso a ação concreta, conforme o projeto de Deus. Fazendo o que Deus espera quem é pecador torna-se justo.
Os dois filhos podem representar diversos personagens: o povo de Israel histórico, a geração do momento, os seguidores de Jesus de todos os tempos e nós que ouvimos hoje essa palavra.

Qual será a nossa resposta?

Frei Luizinho Marafon

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Domingo, 18 de Setembro de 2011
25º Domingo do Tempo Comum
Evangelho (MT 20,1-16ª)

Naquele tempo, Jesus contou esta parábola a seus discípulos:
1“O Reino dos Céus é como a história do patrão que saiu de madrugada para contratar trabalhadores para a sua vinha.
2Combinou com os trabalhadores uma moeda de prata por dia, e os mandou para a vinha.
3Às nove horas da manhã, o patrão saiu de novo, viu outros que estavam na praça, desocupados, 4e lhes disse: ‘Ide também vós para a minha vinha! Eu vos pagarei o que for justo’.
5E eles foram. O patrão saiu de novo ao meio-dia e às três da tarde, e fez a mesma coisa.
6Saindo outra vez pelas cinco horas da tarde, encontrou outros que estavam na praça, e lhes disse: ‘Por que estais aí o dia inteiro desocupados?’ 7Eles responderam: ‘Porque ninguém nos contratou’. O patrão lhes disse: ‘Ide vós também para a minha vinha’.
8Quando chegou a tarde, o patrão disse ao administrador: ‘Chama os trabalhadores e paga-lhes uma diária a todos, começando pelos últimos até os primeiros!’
9Vieram os que tinham sido contratados às cinco da tarde e cada um recebeu uma moeda de prata. 10Em seguida vieram os que foram contratados primeiro, e pensavam que iam receber mais. Porém, cada um deles também recebeu uma moeda de prata.
11Ao receberem o pagamento, começaram a resmungar contra o patrão: 12‘Estes últimos trabalharam uma hora só, e tu os igualaste a nós, que suportamos o cansaço e o calor o dia inteiro’.
13Então o patrão disse a um deles: ‘Amigo, eu não fui injusto contigo. Não combinamos uma moeda de prata? 14Toma o que é teu e volta para casa! Eu quero dar a este que foi contratado por último o mesmo que dei a ti. 15Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com aquilo que me pertence? Ou estás com inveja, porque estou sendo bom?’
16aAssim, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos”.

Comentário
O Evangelho nos leva a pensar no trabalho, na oportunidade de emprego, no sustento da família e na vida digna para todos. Essa parábola nos faz pensar na angústia do coração humano, na multidão de desempregados, nas pessoas que passam fome e nas injustiças sociais.
A vinha, símbolo do povo de Israel, tem a missão de garantir vida e segurança para todos. O Senhor a cerca  e cuida dela para que produza frutos. Os trabalhadores são os que precisam viver. O patrão passa o dia procurando trabalhadores. Sai várias vezes durante o dia. Todos vão trabalhar na mesmo vinha. Nesta parábola Mateus quer apresentar Jesus como o Mestre da justiça.
Na parábola o trabalhador reclama da “injustiça” do patrão porque tem uma idéia de justiça distributiva, matemática. Orienta-se pela idéia de méritos. A real justiça baseia-se na necessidade pessoal e na generosidade do “patrão”. Deus não é injusto ao seu generoso. A bondade de Deus ultrapassa os critérios humanos.
Jesus vem mostrar a partilha e ensina a repartir de acordo com a generosidade do Pai.  Aqui vemos que tudo dele recebemos. Tudo é dom gratuito do Pai. Seu presente, seu dom é sem medida, todos podem receber e participar da comunhão com ele. Deus ultrapassa todas as nossa limitações e o nosso jeito de entender a vida.
A frase final: os últimos serão os primeiros, e os primeiros os últimos, nos mostra que assumindo o projeto de Jesus, nos aproximamos do caminho do único “Patrão”.
É sempre bom lembrar que o Pai, é justo e fiel, cheio de bondade e misericórdia, renova conosco a Aliança, dom gratuito do seu amor. A iniciativa é sempre dele de nos convocar, nos reunir, propor continuamente sua Aliança, fazendo-nos entrar na comunhão de vida. Somos todos convidados opara a vinha do Senhor..

Para refletir:
Você concorda que a real justiça baseia-se na necessidade pessoal e na generosidade do “patrão” e que Deus não é injusto ao ser generoso?
Qual é a sua missão em favor do Reino de Deus?
O que dizer da ternura de Deus para conosco?

Paz e bem.
Frei Luizinho Marafon