sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A PARÁBOLA DA VINHA


Evangelho Mt 21,33-43  

Naquele tempo disse Jesus aos sacerdotes e aos anciãos do povo:33 “Escutai esta outra parábola: Certo proprietário plantou uma vinha, pôs uma cerca em volta, cavou nela um lagar para pisar as uvas e construiu uma torre de guarda. Ele a alugou a uns agricultores e viajou para o estrangeiro. 34 Quando chegou o tempo da colheita, ele mandou os seus servos aos agricultores para receber seus frutos. 35 Os agricultores, porém, agarraram os servos, espancaram a um, mataram a outro, e a outro apedrejaram. 36 Ele ainda mandou outros ser-vos, em maior número que os primeiros. Mas eles os trataram do mesmo modo. 37 Por fim, enviou-lhes o próprio filho, pensando: ‘A meu filho respeitarão’. 38 Os agricultores, porém, ao verem o filho, disseram entre si: ‘Este é o herdeiro. Vamos matá-lo e tomemos posse de sua herança!’ 39 Então agarraram-no, lançaram-no fora da vinha e o mataram. 40 Pois bem, quando o
dono da vinha voltar, que fará com esses agricultores?” 41 Eles responderam: “Dará triste fim a esses criminosos e arrendará a vinha a outros agricultores, que lhe entregarão os frutos no tempo certo”. 42 Então, Jesus lhes disse: “Nunca lestes nas Escrituras: ‘A pedra que os construtores rejeitaram, esta é que se tornou a pedra angular. Isto foi feito pelo Senhor, e é admirável aos nossos olhos’? 43 Por isso vos digo: o Reino de Deus vos será tirado e entregue a um povo que produza frutos.
Palavra da Salvação.

VIGÉSIMO SÉTIMO DOMINGO COMUM (02.10.11)

Comentário
“O Reino de Deus será entregue a uma nação que produzirá seus frutos”
A parábola de hoje é a segunda em uma série de três, referentes ao julgamento final de Deus sobre o seu povo (antes houve a parábola dos dois irmãos e virá ainda a da festa de casamento). Com certeza, a redação atual é resultado de uma longa história de transmissão oral e redação. Na boca de Jesus, a história visava a sorte da vinha (v. 41); a tradição pré-sinótica concentrou a atenção na sorte do Filho, acrescentando a citação de Sl 118 e as alusões às Escrituras (vv. 42-44); finalmente, Mateus deixa claro que o advento do novo povo (v. 41) está ligado ao destino d’Aquele que fala e que deve ser condenado e morto, para depois ressuscitar (cf. notas da Bíblia TEB).
Na sua forma atual, a parábola é uma alegoria da História da Salvação. “Os mensageiros” são os profetas, que foram matados pelo povo de Israel, culminando com Jesus, como o Filho. “O Reino” provavelmente se refere à promessa da bênção em plenitude, dos últimos tempos. “O Povo” se refere à Igreja - no caso de Mateus composta principalmente de judeu-cristãos, mas também de pagãos ou gentios convertidos, que juntos formam o Novo Povo de Deus, o verdadeiro Israel. Essa conclusão de v. 43 é a principal contribuição de Mateus à interpretação da parábola, e é mais suave do que a própria parábola, pois os maus vinhateiros não serão destruídos, mas perderão a promessa.
Como o Evangelho de Mateus foi escrito em um contexto de polêmica entre a sua comunidade e o judaísmo formativo do fim do primeiro século, queria ensinar para a sua comunidade que a promessa antiga feita ao Povo de Deus foi retirada das autoridades farisaicas e das suas comunidades e dada à comunidade da Igreja. Mas, isso não dava às comunidades motivo para comodismo. Como o povo original perdeu a promessa porque “não deu fruto”, também a Igreja não a possui de modo incondicional. Também as comunidades cristãs têm que “dar fruto” de justiça, fraternidade, solidariedade, e partilha. A História da Salvação nos mostra que Deus não se deixa manipular, nem permite que qualquer comunidade ou religião se torne “dona” d’Ele, mas que o seu verdadeiro povo é aquele que se dedica à construção dos valores do Reino de Deus. O texto convida a um sério exame e revisão das nossas práticas e estruturas, para que as nossas Igrejas cristãs não cheguem a merecer o destino dos vinhateiros, que, por não terem correspondido com a Aliança, viram a promessa retirada deles e dada a um outro povo “que produzirá os seus frutos” (v. 43).
Para refletir
 Como recebemos a proposta de Deus? Acolhemos a todos os irmãos? Retribuímos o bem com o bem?
Abraços.
Frei Luizinho Marafon

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Evangelho Mt 21,28-32
Domingo, 25 de Setembro de 2011
26º Domingo do Tempo Comum
Naquele tempo, Jesus disse aos sacerdotes e anciãos do povo:
28“Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, ele disse: ‘Filho, vai trabalhar hoje na vinha!’ 29O filho respondeu: ‘Não quero’. Mas depois mudou de opinião e foi.
30O pai dirigiu-se ao outro filho e disse a mesma coisa. Este respondeu: ‘Sim, senhor, eu vou’. Mas não foi.
31Qual dos dois fez a vontade do Pai?”
Os sumos sacerdotes e os anciãos do povo responderam: “O primeiro”.
Então Jesus lhes disse: “Em verdade eu vos digo que os cobradores de impostos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus. 32Porque João veio até vós, num caminho de justiça, e vós não acreditastes nele. Ao contrário, os cobradores de impostos e as prostitutas creram nele. Vós, porém, mesmo vendo isso, não vos arrependestes para crer nele”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentário

Hoje podemos começar a reflexão nos perguntando: Qual dos dois filhos somos, o primeiro ou o segundo? Será que somos fiéis a Deus e aos compromissos que assumimos?
Na parábola o pai dá a mesma ordem aos dois filhos. A reação deles é diferente. O primeiro faz uma recusa formal, mas depois modifica sua atitude, reconsidera sua decisão e obedece ao pai. O outro filho, adere inicialmente a vontade do pai, mas depois não cumpre o que promete. Nós somos convidados hoje a mostrar quem somos diante de Jesus e das pessoas. Sem assumir nosso compromisso não teremos parte com Ele no banquete do Reino.
Esta parábola é questionadora. Antes de fazer sua comparação Jesus pede a opinião dos ouvintes. Eles mesmos vão decidir. O que está em jogo é muito importante na vida de quem tem fé: fazer a vontade de Deus.
Os sumos sacerdotes e os anciãos do povo respondem a Jesus que é o filho que disse “não”, que cumpriu a vontade do pai.
Jesus completa dizendo que os cobradores de impostos e as prostitutas vão preceder no Reino de Deus os chefes que não acreditaram na pregação de João Batista e no caminho de justiça que ele ensinou.  Parece clara a parábola de que as palavras nada valem: é preciso a ação concreta, conforme o projeto de Deus. Fazendo o que Deus espera quem é pecador torna-se justo.
Os dois filhos podem representar diversos personagens: o povo de Israel histórico, a geração do momento, os seguidores de Jesus de todos os tempos e nós que ouvimos hoje essa palavra.

Qual será a nossa resposta?

Frei Luizinho Marafon

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Domingo, 18 de Setembro de 2011
25º Domingo do Tempo Comum
Evangelho (MT 20,1-16ª)

Naquele tempo, Jesus contou esta parábola a seus discípulos:
1“O Reino dos Céus é como a história do patrão que saiu de madrugada para contratar trabalhadores para a sua vinha.
2Combinou com os trabalhadores uma moeda de prata por dia, e os mandou para a vinha.
3Às nove horas da manhã, o patrão saiu de novo, viu outros que estavam na praça, desocupados, 4e lhes disse: ‘Ide também vós para a minha vinha! Eu vos pagarei o que for justo’.
5E eles foram. O patrão saiu de novo ao meio-dia e às três da tarde, e fez a mesma coisa.
6Saindo outra vez pelas cinco horas da tarde, encontrou outros que estavam na praça, e lhes disse: ‘Por que estais aí o dia inteiro desocupados?’ 7Eles responderam: ‘Porque ninguém nos contratou’. O patrão lhes disse: ‘Ide vós também para a minha vinha’.
8Quando chegou a tarde, o patrão disse ao administrador: ‘Chama os trabalhadores e paga-lhes uma diária a todos, começando pelos últimos até os primeiros!’
9Vieram os que tinham sido contratados às cinco da tarde e cada um recebeu uma moeda de prata. 10Em seguida vieram os que foram contratados primeiro, e pensavam que iam receber mais. Porém, cada um deles também recebeu uma moeda de prata.
11Ao receberem o pagamento, começaram a resmungar contra o patrão: 12‘Estes últimos trabalharam uma hora só, e tu os igualaste a nós, que suportamos o cansaço e o calor o dia inteiro’.
13Então o patrão disse a um deles: ‘Amigo, eu não fui injusto contigo. Não combinamos uma moeda de prata? 14Toma o que é teu e volta para casa! Eu quero dar a este que foi contratado por último o mesmo que dei a ti. 15Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com aquilo que me pertence? Ou estás com inveja, porque estou sendo bom?’
16aAssim, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos”.

Comentário
O Evangelho nos leva a pensar no trabalho, na oportunidade de emprego, no sustento da família e na vida digna para todos. Essa parábola nos faz pensar na angústia do coração humano, na multidão de desempregados, nas pessoas que passam fome e nas injustiças sociais.
A vinha, símbolo do povo de Israel, tem a missão de garantir vida e segurança para todos. O Senhor a cerca  e cuida dela para que produza frutos. Os trabalhadores são os que precisam viver. O patrão passa o dia procurando trabalhadores. Sai várias vezes durante o dia. Todos vão trabalhar na mesmo vinha. Nesta parábola Mateus quer apresentar Jesus como o Mestre da justiça.
Na parábola o trabalhador reclama da “injustiça” do patrão porque tem uma idéia de justiça distributiva, matemática. Orienta-se pela idéia de méritos. A real justiça baseia-se na necessidade pessoal e na generosidade do “patrão”. Deus não é injusto ao seu generoso. A bondade de Deus ultrapassa os critérios humanos.
Jesus vem mostrar a partilha e ensina a repartir de acordo com a generosidade do Pai.  Aqui vemos que tudo dele recebemos. Tudo é dom gratuito do Pai. Seu presente, seu dom é sem medida, todos podem receber e participar da comunhão com ele. Deus ultrapassa todas as nossa limitações e o nosso jeito de entender a vida.
A frase final: os últimos serão os primeiros, e os primeiros os últimos, nos mostra que assumindo o projeto de Jesus, nos aproximamos do caminho do único “Patrão”.
É sempre bom lembrar que o Pai, é justo e fiel, cheio de bondade e misericórdia, renova conosco a Aliança, dom gratuito do seu amor. A iniciativa é sempre dele de nos convocar, nos reunir, propor continuamente sua Aliança, fazendo-nos entrar na comunhão de vida. Somos todos convidados opara a vinha do Senhor..

Para refletir:
Você concorda que a real justiça baseia-se na necessidade pessoal e na generosidade do “patrão” e que Deus não é injusto ao ser generoso?
Qual é a sua missão em favor do Reino de Deus?
O que dizer da ternura de Deus para conosco?

Paz e bem.
Frei Luizinho Marafon


sexta-feira, 9 de setembro de 2011


Evangelho (MT 18,21-35)
Domingo, 11 de Setembro de 2011
24º Domingo Comum

Naquele tempo, 21Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: “Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?”
22Jesus respondeu: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. 23Porque o Reino dos Céus é como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados.
24Quando começou o acerto, levaram-lhe um que devia uma enorme fortuna. 25Como o empregado não tivesse com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida.
26O empregado, porém, caiu aos pés do patrão e, prostrado, suplicava: ‘Dá-me um prazo, e eu te pagarei tudo!’ 27Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida.
28Ao sair dali, aquele empregado encontrou um de seus companheiros que lhe devia apenas cem moedas. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves’.
29O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: ‘Dá-me um prazo, e eu te pagarei!’ 30Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia.
31Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes, procuraram o patrão e lhe contaram tudo.
32Então o patrão mandou chamá-lo e lhe disse: ‘Empregado perverso, eu te perdoei toda a tua dívida, porque tu me suplicaste. 33Não devias tu também ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?’
34O patrão indignou-se e mandou entregar aquele empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida.
35É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão”.
Palavra da Salvação.

Comentário -

No domingo, 11 de setembro, recordamos o triste episódio da destruição das Torres Gêmeas (World Trade Center) no ano de 2001, nos Estados Unidos.  Foi um acontecimento violento que destruiu vidas e deixou muitas famílias em pânico e com muita dor. Alem, é claro muitos prejuízos materiais e econômicos.
Os Estados Unidos em contrapartida fizeram viinganças e retalhações e outros desdobramentos descabidos. Inclusive o “grande feito” da morte de Bin Laden. O mais interessante é que nesses acontecimentos todos, jamais se ouviu a palavra perdão. O que aconteceria, o que significaria e que alcance teria a história lamentável, se houvesse a presença do Mistério do Perdão, pregado por Jesus?
Fica a questão: como ler, entender e viver esses atos de violência e agressão à vida humana e ao patrimônio da humanidade?

Comentário 2 – Perdão sem limites...

Por trás deste relato podemos perceber experiências de ofensas pessoais que ameaçavam os membros da comunidade a romperem sua harmonia. Pedro, sempre o primeiro, toma a palavra e pergunta sobre os limites do perdão:  “Quantas vezes devo perdoar ? Jesus lhe responde que o perdão não tem limites e conta a parábola do patrão e dos empregados.
A imagem que perpassa o Evangelho de Mateus é Jesus como o mestre da Justiça. Ele trás à sociedade um  ensinamento e práticas centradas na justiça que gera relações novas e constrói um mundo novo. Jesus mostra a Pedro e a seus seguidores que para entrar no Reino é preciso superar a justiça dos doutores da lei e dos fariseus. Pedro imagina que sete vezes seria o limite e depois partiria para a ofensiva com indiferença, ódio e vingança.
Jesus mostra que não se trata de números. O perdão deve ser dado sempre. Não existe metragem ou numeração para o perdão. O perdão é um gesto nobre do seu humano. Jesus parte de um fato corriqueiro do seu tempo em que as pessoas podiam ser vendidas como escravas em troca de suas dívidas. Adverte a Pedro, fazendo-o perceber que o perdão fraterno se apóia na misericórdia do Pai, que é gratuita e sem limites. Quem experimenta a misericórdia do Pai não pode calcular as fronteiras do perdão e do acolhimento do irmão.

Para refletir:
Você guarda algum ressentimento?
Você é  compreensivo com os que erram?
Por que o perdão deve ser dado sempre?

Frei Luizinho Marafon



sexta-feira, 2 de setembro de 2011

SETEMBRO, MÊS DA BÍBLIA

Domingo, 4 de Setembro de 2011
23º Domingo Comum
Evangelho (Mateus 18,15-20)

Naquele tempo, Jesus disse a seus discípulos:
15“Se o teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, mas em particular, a sós contigo! Se ele te ouvir, tu ganhaste o teu irmão
16Se ele não te ouvir, toma contigo mais uma ou duas pessoas, para que toda a questão seja decidida sob a palavra de duas ou três testemunhas.
17Se ele não vos der ouvido, dize-o à Igreja. Se nem mesmo à Igreja ele ouvir, seja tratado como um pagão ou um pecador público.
18Em verdade vos digo, tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu.
19De novo, eu vos digo: se dois de vós estiverem de acordo na terra sobre qualquer coisa que quiserem pedir, isso lhes será concedido por meu Pai que está nos céus. 20Pois, onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou aí, no meio deles”.
Palavra da Salvação.

Comentário

O Evangelho deste domingo relata uma coisa bem prática em nossas vidas. A correção fraterna. A Igreja é, ao mesmo tempo, santa e pecadora. É santa porque tem origem divina, fundada por Deus através do seu Filho Jesus. Pecadora, porque é humana, isto é, formada por gente, pessoas, seres humanos, frágeis e limitados.
Mas porque a correção fraterna? Cada um não é responsável por si mesmo? Cada um não tem a sua consciência?  Sim, cada um tem sua consciência, sua ética e sua moral.  Mas ninguém vive isolado, o ser humano não é uma ilha. Ele vive em comunidade.  A salvação é individual e comunitária.
O Evangelho nos convida a fazer de tudo para que a gente se trate e se respeite e viva do jeito de Jesus. Na correção ele nos manda convidar uma ou duas pessoas para ajudar no diálogo. Depois é que se recorre à comunidade, que age em nome de Jesus, ajudando nos conflitos. Neste caso esta claro que precisamos fazer de tudo para que o irmão não se perca. Jesus nos ensina que antes de denunciar é preciso acolher, perdoar, aconselhar e colocar em contato com o bem, inserir a pessoa na comunidade. Temos que fazer de tudo para que as pessoas não se afastem da prática do bem.
A correção fraterna exige muito amor e compreensão tanto de quem faz a correção como para quem a recebe.

Para refletir:

Participando da mesa da palavra e da Eucaristia somos irmanados e fortificados no amor solidário, sempre aberto à reconciliação. Somos humildes o suficiente para corrigir e ser corrigidos?

Paz e bem!

Frei Luizinho Marafon